domingo, 27 de novembro de 2016
TORTURA
Melancólica visão escapa num átimo de segundo
Por mais que o mundo ignore a dor do mundo,
ela se manterá, indelevelmente, impressa
O registro de sua crua existência
não permitirá à coletiva consciência
apagar a imunda memória.
Choram as Musas Profanas!
Nem a poesia insana conteve nas lágrimas, a dor!
A imagem se expandiu em convulsões horrendas...
Correu os campos, penetrou fendas
Galgou as íngremes escarpas do pavor!
Pintura rubra de um quadro que sangra
e que se move em ritual medonho,
mesmo que queiras destruir meu sonho...
Ainda assim, eu buscarei a PAZ!
Zelia da Costa
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