quinta-feira, 16 de outubro de 2014

A HORA E A VEZ



          A HORA E A VEZ

A alma se dilatou pelo etéreo insondável
buscando a voz que lhe sussurrava
e lhe trazia notícias raras.

Nas predições de um tempo vago...
Quem o arauto das macabras previsões?

Quem lhe soprava aos ouvidos
sombrio futuro, amaro destino?

Por que razão tais confidências jorravam
como chamas a queimar a pena,
 caso tentasse não registrá-las?

Pior, é que a cada dia,
torpe  momento crucial se crava
e na bruma de um futuro ambíguo
se delineia  sorte madrasta

E nada, nada reverterá o destino
da desumana gente,
num tempo ignaro.

E os bons?
- Não serão lembrados.
                        Zelia da Costa/NM/MT

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