LINHA DE TEMPO
A realidade, não raras
vezes, supera a ficção!
Circunstâncias nos
envolvem e modelam nossa personalidade tornando-nos aptos a compreender a
alegria, a dor e suas repercussões. Também podem nos tornar mais generosos ou
revoltados e agressivos. Não sei o que aciona os nocivos comportamentos, mas
sei que somos movidos por esses fios que a vida manipula a nossa revelia. Quer
um exemplo? Se minha mãe não tivesse morrido quando eu era criança... eu não
entenderia tão cedo de saudade.
Cada ocorrência em
nossas vidas nos organiza e nos municia
para atender a finalidades que nós, muitas vezes, realizamos sem a compreensão exata do nosso envolvimento.
Assim, procuro registrar sempre que possível os fatos, porque embora a
princípio alguns nos pareçam irrelevantes, certamente terão alguma repercussão
no futuro. O acaso não existe.
Não é fácil se detectar
algo cuja importância pode mudar nossa trajetória porque, no momento, não
alcançamos a dimensão do evento, vinculado ou não a nossa história de vida.
Ocorre que não o registramos por estarmos inseridos na velocidade de um tempo
que nos leva de roldão ou por termos outras intenções e rumos a perseguir. Depois,
não tendo com o que relacionar o fato de imediato, nos enredamos na trama e
perdemos a oportunidade de entender o “roteiro” da nossa existência. É como se
interpretássemos um personagem de forma superficial, sem entender a relevância dos
eventos que vão construir a história.
Veja bem, eu não quero
lhe ensinar a viver a sua vida. Longe disso. Falo de mim, da minha experiência
que não é modelar, mas pode ajudar você a não cometer os mesmos erros. Observe,
porém, o quanto somos vulneráveis à exposição dos eventos quotidianos e é isso
que procuro registrar para entender certas repercussões que assumem importância
imprevista. Gostaria de saber é se você observou que muitos objetivos não se
concretizariam, ou melhor, só se definiram porque houve uma interferência
qualquer num dado momento, o que mudou sua diretriz. É uma relação de causa e
efeito. A “causa” pode bloquear ou
incentivar uma decisão. Só que, no momento em que acontece, você não se dá
conta da real importância. Às vezes,“leva
tempo”, muito tempo, anos e, de repente... zás! Aquilo “bate de frente”, “salta aos
olhos” e aí, tudo fica claro e a gente se sente “meio burro” porque estava ali “na
sua cara”, o tempo todo, como um signo
a fazer evoluir a sua história e você perdeu a oportunidade de viver com mais
intensidade um momento mágico. Pode
estar acontecendo agora e você, talvez, o perca ao observar a “moldura” ao invés de se encantar com a “tela”.
Quer
ver?
Faça
uma “linha de tempo”.
Inicie marcando a data gloriosa: o seu nascimento! Gostou?
Agora, sinalize todos
os eventos que de alguma forma deixaram fortes lembranças desde a mais tenra
idade: um brinquedo, um tombo, a chegada do seu cachorro de estimação, seu gatinho,
sua primeira escola, professores, viagens, brigas, festas, perdas, ganhos,
doenças, o primeiro cigarro, bebida,
amigos, relações amorosas, emprego, chefe, acidente, decepções, alegrias, fome,
o mar, um rio, um carro,um luar, uma
estrada, etc.
Estou apenas sugerindo
possibilidades, mas você pode abortar e registrar outras mais adequadas. Verá
que as marcas cravadas na sua linha, por mais corriqueiras, muitas vezes deram
origem a um novo percurso.
Aqui, o importante é assinalar os fatos para sentir os efeitos no seu rumo.
Você
verá que a sua linha de tempo pode
esclarecer e até indicar possíveis e
favoráveis atalhos porque expõe sua conduta à própria crítica.
Este é o “seu” caminho percorrido.
Vale a pena revivê-lo, observando até que ponto
pode garantir que conduziu, conscientemente, as suas próprias decisões ou
quantas vezes, os fatos impeliram mudanças de percurso.
Este
é o seu trajeto: original e único como
você!
Esta
é, até aqui - a Vida - na sua Linha de
Tempo!
Zelia da Costa/NM/MT/23/01/2012/23:51
Amiga, lembrou-me do professor Coryntho. Beijo,Suely
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