BALA PERDIDA
Ei-la à janela!
Uma figura singela, presa a um fio de
vida
Madrugada, noite e dia,, recebe de
quem passa, a prece: “Ave Maria”!
Frágil! Impassível! Visão que
transcende a alma!
Ninguém evita a via, nem nega a “Ave
Maria”...
Não assusta, mas deprime, pois todos
sabem
que um crime cometeu sua desgraça!
Em respeito à agonia e ao horror à
covardia...
Suspiram: “Ave Maria”!
Sua existência castiga a quem reclama
da vida porque na vida porfia...
- “Ave Maria”! “Ave Maria”!
Qual rolo de fumaça, turva a vista
que embaça
o som das “Aves Marias”!
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