ÚLTIMO MERGULHO
Esgarça-se
ao sabor das ondas
trêmula
vela, num adeus distante,
deixando
longe de qualquer desejo
um cais
perdido envolto em brumas.
O horizonte que se estende adiante
já não
contém desenfreada gula
A
escuna ingênua avança e se perde
Desaparece
na convulsão de espuma...
O cais
vazio, de madeira podre
Sofrendo
a dor da imensa saudade,
Dobra os
pilares, ajoelha e chora,
Adormecendo
na profundidade
Zelia
da Costa/SP
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