UM TÉTRICO FAZ DE CONTA
Não lia nos olhos a verdade que outra
boca lhe dizia...
Era mais que mentira! Era a
dissolução de um ser!
Embora constrangido, de certa forma,
também mentia
Fingindo que em tudo cria, fingindo
pra não sofrer
Ouvia as dúbias palavras denunciadas no
olhar
Incrédulo assistia o desfazer da
figura
Uma sessão de tortura que não pudera
evitar
A tristeza comovente tornou-se, de
repente,
palpável,
concreta,
absurda
Quem o amigo agora perdido e há tanto
tempo querido?
Quem esse estranho?
Um arremedo?
Um desconhecido?
Fez-se duro o castigo!
Personagem de outra história?
Se a vida é como um livro...
Foi encerrado o capítulo, triste e
mórbido capítulo
De um tétrico livro de
faz de conta
Zelia da Costa/NM/MT/10/11/2012/02:44
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