VESTAL
Não há razão alguma para
me fazeres presente
Mas agora, estando eu presente...
Por favor, faze-me!
Dá-me da graça, a
impressão ausente
Destrói-me toda a
engenhosa farsa
Cai aos meus pés como
túnica leve
Rompe este inexistente
laço que te ata
E busca no embrulho
reluzente
O doce encanto que tu
resguardas
Que o presente, doce
oferenda
Guarde o perfume pelos
tempos vindos
Que o renascer seja a
herança
Concretizada nas tramas
de um tecido
E como Vestal fulgurante,
eu surja,
Encarnada num deslumbrante
vestido!
Zelia da Costa/SP
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