LAMENTO
Tem a alma vazada
Em retalhos rasgada
Um rude tecido
Coisa antiga, em desuso
Triunfo de velhas
batalhas
Deflagradas por ideais esquecidos
Tem no corpo remido
marcas de um perdido tempo
Tempo de heróis venerados
que evaporaram,
como nuvens de fumaça
como nuvens de fumaça
Fantasmas que a
história rejeitou.
Aqui, onde um dia o
chão foi de sangue empapado
(marca dos pecados que a violência adubou),
cresceu este campo de verde calma
E, em meio a este verde su’alma
Tenta se recompor
Zelia
da Costa/RO/2006.
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