ENQUANTO
Enquanto
houver espaços vãos nos sentimentos
Como
buracos esparsos em tecido gasto
Enquanto
não se souber conter os impulsos
Que
fustigam os amargos tormentos
Enquanto
a vida sem sentido vagar a esmo
Envolta
na solidão dos desejos
Enquanto
passos vagarem cambaleantes
No
ignaro rumo de um destino insano
Enquanto
o enquanto durar eternidade
E um
tempo indizível gerar obscura viagem
Haverá o
negrume da noite sem lua
O
silêncio de um mundo sem cor
E neste
vazio...
O abrigo de quem se perdeu do amor
Zelia da Costa/NM/ROzeliadacostamt@gmail.com
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