Simples como um poema
O portão de ferro
pintado parecia uma teia, uma renda
Mas a luz da manhã que
filtrava atravessava-lhe as fendas
Como se quisesse
provar, que embora bruto... era gracioso
E se ocupasse a fazer
no chão, um desenho nervoso
que caminhava aflito
seguindo o Sol pelo piso...
Tão bonito!
Sobre a mesa
transparente, esperava-me o café
A beleza do jardim
aumentava a minha fé no esplendor
do dia que se aprontava
vestido de luz e cor
Inda os pássaros
entoavam lindas canções de amor...
Por estar inebriada, eu
parecia pairar
quando ouvi a voz
moleca do meu papagaio a chamar:
-Oi, louro me dá o pé, dá
o pé louro?
Ele assim repetia e eu
ria. Fiz-lhe um “cafuné”
Era o que ele queria!
Aí, meu amor me beijou...
era mais que um lindo dia!
-Bom dia!
Zelia/Rondônia/BR
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