PARTIDA
Partiu.
Olhou
atrás mais uma vez
Sentiu que algo se desfez
como se diluísse a derradeira esperança
na curva que outrora guardava
o que na memória hoje sangra.
Perderam-se da alma, os olhos.
Enquanto os sonhos vagueiam
e os
passos embaraçados titubeiam
na estrada que o embaraça em sua teia.
Suspira num soluço.
Não chora.
Pois, a pena que verbera
sua
lágrima envenena.
A dor vertida o cega.
Certo
de que nada imanta,
não vê
o pássaro que o segue e canta...
E canta...
E canta...
Zelia/RO/2004
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