VAMOS AO TEATRO? EU CONVIDO!
Nada como o Teatro!
O palco ali, diante de
nós. Sente-se, por favor. Eu prefiro me acomodar um pouco distante porque me
permite visão ampla da cena.
Toda vez que percebo a
promiscuidade das ações, venho para cá.
Não abro logo as
cortinas, não. Respiro fundo em busca da serenidade, pois, sei da concentração
que será exigida para avaliar ações, gestos, movimentos, textos, intenções,
cenários, figurinos, interpretações, etc., etc., etc.
E ainda a marcante impostação
das vozes ora agressivas, ora sinuosas, sibilantes como o caráter de certas
personagens.
Embora a expressão
corporal traduza muito do inconsciente de cada ator, sempre o texto guarda
interrogações contidas nas reticências. Ah! As reticências! Não há nada mais
traiçoeiro que as reticências. Elas não se definem no tempo e não
esclarecem. No que está para acontecer,
as reticências vão do crime ao castigo.
Quero convidar você para este espetáculo. Há um grande número de atores.
A maioria para servir de “escadas”, galgadas cruelmente, pelos arrogantes intérpretes
principais. ("Escadas" linguagem usada como referência pejorativa aos atores coadjuvantes que emprestam seus talentos para o brilho dos atores nos papéis principais}. Neste teatro, de promíscuo ambiente eles fazem parte de alguns atos densos. Os infelizes se iludem crendo
merecer importância, mas não. A subserviência, o despreparo e a falta
evidenciada de talento esclarecido e o conluio não permitirão que alcem voos singulares.
Bem.
Vamos ao que nos interessa. Eu disse “nos interessa”. Espero que a curiosidade
mantenha você aqui. Venha. Sente-se ao meu lado. Somos só nós, nesta imensa
plateia.
Vai começar!
Psiu!
Silêncio!
Não aplauda! Você ainda não sabe o que o elenco merece!
Não aplauda! Você ainda não sabe o que o elenco merece!
Olha!Palco aberto!
Está reconhecendo?
É Brasília!!!!
É Brasília!!!!
(continua)
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