TORMENTO
Perdeu-se
da luz que, no fundo do túnel,
ainda piscava
Saiu
desnorteado pela escuridão!
Trôpego
andava e , quando em vez,
imprecava maldições
Uivava
o seu lamento como náufrago em mar,
sedento,
cercado de água e vida
cercado de água e vida
Bradava
seu desespero:
Sem
controle,
sem bússola,
sem saída!
sem bússola,
sem saída!
E,
no entanto, apertava nas mãos crispadas:
Fósforos
– na caixa fechada
e a
tocha – que lhe salvaria a vida!
Zelia da Costa/RO
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