BUSCA
Onde
estão os meus mortos?
Em vão
tento encontrá-los
De que
lugares escuros terei que desenterrá-los?
Onde
estão meus falecidos, aqueles com quem vivi?
Que é
dos entes queridos que me deixaram aqui?
Por onde
vou procurá-los?
Por que
caminhos, que vãos?
Por que
túneis e vielas?
Por que
pontes, em que chãos?
Assim,
perguntava eu aquele que encontrava
Que
sempre penalizado algum lugar indicava
Até que
um dia, acredite, uma voz me respondeu
Indagando
confrangido a quem procurava eu?
Respondi-lhe
entristecida
E ele
com muita calma segredou-me a sorrir:
- Estão
dentro de su’alma.
Com meu carinho e profundo pesar
Zelia da Costa
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