UM DIA. QUEM SABE?
Quando, de verdade, serei Poeta?
Quando verei além da aparência
a sutil essência da
alma das coisas
Quando verei nas gentes com isenta humanidade
a transparente verdade ou seu avesso em processo
Quando ouvirei o som, além da melodia
Quando desnudarei nas intenções vadias
as vontades audazes
as orações crédulas
Quando desvendarei a expressão contida
Quando enxergarei na existência dorida
o oculto desconexo
Quando serei capaz de alimentar a chama
daqueles que amam
daqueles que amam
nas frases nuas de meus versos
Quando sentirei num sopro – a Arte
Este fogo que arde e faz nascer o Poeta!
Quando, de verdade, serei Poeta?
www.zeliadacosta.com
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